sábado, 29 de março de 2014

A Infância de uma Feiticeira- tem a ver com a sua?


Esta é a história real da infância de uma mulher chamada Lois Bourne que é rconhecidament uma feiticeira em nossos dias. autora dos livros "Autobiografia de uma feiticeira", " Conversa com uma feiticeira" entre outros, onde relata sua vida e como pratica a Magia. acredito que muitas se identificarão com os relatos. Principalmente, a infância que parece muito comum e identificável :seremos também feiticeiras?

imagem da internet


Minha família era anglicana, e minha mãe, a única frequentadora assídua da igraja. Quando eu tinha cinco ou seis anos, ela me levava à igreja, mas o meu hábito de pegar no sono e roncar  durante o sermão do vigário deixava-a muitíssimo aflita, o que a fez abandonar esta atividade improdutiva. Minha mãe amava a Deus de todo o coração. Tinha confiança e fé nEle e a bondade inata da natureza humana, além a grande compaixão pelo sofrimento dos menos afortunados Entretanto, era uma mulher muito prática, uma herbalista. Possuía um livro enorme, grosso, com capa de couro, contendo os remédios de sua mãe, os quais usava constantemente. Meus avós haviam morrido antes que eu nascesse, e descobri que o livro de minha avó continha muitos remédios típicos de feiticeiras para a cura de males simples; sempre suspeitei que ela sabia mais sobre esse conhecimento antigo do que podiam imaginar. Excetuando as doenças típicas das crianças, tive uma infância saudável, e minha mãe desprezava os remédios ortodoxos, tratando-me ela mesma e só chamando o médico quando pressentia que o caso estava fora de sua alçada.Às vezes penso em como sobrevivi `sua medicação. Eu tinha pavor de três coisas em minha infância: gripe,tosse e prisão de ventre. Ao primeiro sinal de espirro, eu mergulhada, sem nenhuma cerimônia e geralmente gritando, num banho quente e esfumaçado de mostarda. Lá ficava eu até que minha pele se tornasse rosada como uma lagosta; então eu era retirada e, sem secar, enrolada firmemente num cobertor e colocada na cama, para suar. Posso lembrar com horror minhas tentativas frenéticas para me livrar dos pelos do cobertor de lã que aderiram aos meus dedos molhados tingidos de mostarda e que, por alguma razão, me deixavam quase louca. Se eu começava a tossir,era atacada com gordura de ganso, que minha mãe dizia ser “penetrante”. Essa meleca era vigorosamente esfregada em meu peito, antes de eu ir para a cama e ser coberta com uma flanela aquecida; eu ficava a noite inteira me sentindo e cheirando como se estivesse refugiada em alguma chácara Minha mãe tinha fixação por regularidade intestinal, afirmando tratar-se da base de toda a saúde equilibrada e o médico nada fazia para desencrajá-la, pedindo constantemente para ver minha língua em suas raras visitas Isso apenas servia para confirmar sua aberração em purgar internamente cada centímetro de minha vida Ainda hoje não posso ver um vidro de xarope de figos sem sentir náuseas e o meu estômago se contrai com espasmos de horror quando lembro das cólicas que sentia. Muitos anos mais tarde, perguntei-lhe amparada por alguns conhecimentos médicos: “ Mãe, alguma vez você leu a bula?” Você deveria me dar apenas duas colheres de chá  e não todo o vidro!” Eu a repreendia com minha profunda e recem-descoberta erudição sobre o uso liberal de purgantes, ao que ela retrucava:” Besteira! Uma boa limpeza nunca fez mal a ninguém!”
(...)
Contaram-me que, em muitas ocasiões na infância , eudemonstrava meus recentes poderes de consciência psíquica quando  inocentemente comentava a morte inocente de parentes ou a chegada de outros, que viviam a quilômetros de distância e não estavam sendo esperados em minha casa. Não me lembro desses eventos, mas quando tinha 12 anos, ouvi minha mãe dizer para a minha irmã que ela havia escondido uma grande soma de dinheiro em casa mas estava segura porque ninguém, nem em um milhão de anos, podia encontrar. “Eu sei onde está”, falei para ela. “Não é possível, retrucou” eu sou a única pessoa que sabe” Olhei para ela em silêncio por um momento e disse sonhadoramente: “Está embaixo das tábuas do assoalho no quartinho de dormir” Ela empalideceu visivelmente e falou incrédula: “você nadou revirando tudo”. Entretanto, eu nada fizera. de alguma maneira inexplicável, eu havia lido a sua mente. Acho que depois disso ela passou a a ter um certo medo de mim, e numa ocasião me disse:” Você é tão diferente em temperamento de minhas outras crianças que, ás vezes penso se você não foi uma troca” Quis saber o eu ela queria dizer com isso , eentão falou que eu poderia ter sido deixada  pelas fadas em lugar de outra criança”


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