terça-feira, 18 de setembro de 2012

Anjos: vamos falar deles?









Na Bíblia os anjos são quase sempre anônimos. Apenas dois- Gabriel e Miguel- recebem nomes. Isto demonstra que sabemos pouco sobre eles, apesar dos esforços feitos por especialistas em religião ao longo dos séculos. E os textos sagrados não nos dão muitos detalhes. Ás vezes os anjos têm asas; ás vezes assumem formas fantásticas, como os monstros de quatro cabeças ciados pelo profeta Ezequiel.
Essas descrições vagas às vezes tenham sido feitas de propósito pelos autores das Escrituras. As principais histórias que envolvem anjos enfatizam a mensagem, não o mensageiro.
Quando o anjo do Senhor surge no momento em que Abraão está prestes a sacrificar Isaac, é para dizer a ele que a sua devoção agradou a Deus. Quando Maria madalena vai à tumba de Jesus três dias após a crucificação, um anjo lhe diz que ele não está mais lá. E  no ano 610, de acordo com registros muçulmanos, o anjo Jibreel (Gabriel) apareceu a Maomé par apresentar-lhe os versos que constituiriam o Alcorão.
Hoje, poucas pessoas relatam encontros de tal magnitude divina. Em vez disso os anjos aparecem com deverem mais triviais.Alguém está em perigo, ou doente, ou sentindo dor, ou perturbado por determinada circunstância. Um estranho surge e reverte a situação.
Joan wester Anderson tem um caso assim: " Meu filho vinha passar  o Natal de 1983 conosco. Na madrugada do dia 24, ele e um amigo estavam numa estrada em Indiana e se perderam. Fazia 37º C negativo. E o motor do carro morreu.
De repente, viram os faróis de um veículo. Do nada um homem apareceu e perguntou se eles queriam ser guinchados." O homem levou-os para a casa de um conhecido a uns quinze quilômetros dali. Quando já estavam na entrada da casa, voltaram-se pra falar com o estranho que os rebocara. " Ao se virarem para a rua", diz Joan, " não havia nada ali, nem homem, nem reboque".
Histórias assim- de uma promessa feita em sonho, de uma ajuda improvável- são conhecidas de quase todos nós. E ´aí que os anjos deixam de ter o significado religioso tradicional e passam a ser algo mais amplo.
SELEÇOES- Readers Digest- dezembro de 2006.

O texto acima me faz lembrar que eu também, há anos atrás, fui beneficiada pela ação de um desses seres divinos.
Eu trabalhava o dia todo e à noite eu fazia Faculdade, por isto, minhas filhas ficavam com minha mãe.
Certa noite, um professor não foi trabalhar e fomos dispensados. Corri para casa. Minha mãe, cansada, queria deitar e descansar. Disse que ela podia fazê-lo porque eu cuidaria das meninas.
Minha mãe havia feito um mingau rde maizena para minha filha, Alice, que na época tinha uns dois anos e deixou a vasilha sobre a mesa, Deixei o mingau esfriando e fiu tomar um banho, pensando em amamentar a menina e dormir para descansar. Logo que me enxuguei e coloquei a camisola, ouvi um grito horrível; Alice, se levantando na ponta dos pés tinha virado o mingau fevendo no peito e gritava de dor.
Saí de casa em casa pedindo que alguém me levasse de carro até o pronto socorro, mas, meus vizinhos tão pobres como eu ou estavam com seus velhos carros estragados ou sem gasolina e eu morava há 1 hora e meia do centro da cidade. Àquela hora ( quase 21 horas, já não havia transporte para o Centro, sendo que o próximo ônibus sairia às 22 horas!); desesperada, saí correndo morro abaixo e fui para a estrada que passava na frente do bairro. Fiz sinal para vários carros, mas, nenhum parou. A criança gritava terrivelmente e eu fiz uma oração pedindo ajuda de Deus, fechei os olhos e me joguei na frente do  carro que se aproximava. O carro freou e um homem muito bonito,  aparentando uns 40 anos, bem vestido saiu do carro e me repreendeu pela atitude, porém se acalmou quando contei o que se passava. lembro-me ter dito que era médico e que estava indo para o plantão no pronto Socorro, que eu sentasse no banco detrás do carro.
Lembro-me que havia uma outra pessoa no carro, no banco do carona e acho que era outro homem, mas, não conseguia ver o rosto do mesmo. dentro do carro, a menina dormiu e seguimos em silêncio.   
Ao chegarmos ao hospital, o homem pegou  a menina e sem fazer a ficha ( obrigatória) entrou com ela nos braços me dizendo pra esperar. Esperei muito tempo e já me preocupava de ter entregado a menina a um estranho quando ele apareceu e me entregou a menina. Disse para dar um remédio para dor e bastante liquido e que no dia seguinte a levasse ao PAM para troca de curativo. Me fez um pequeno sermão sobre o cuidado com crianças. Depois me olhou e me perguntou se eu tinha como ir para casa àquela hora. Então, eu vi que estava de camisola e percebi que o ultimo ônibus já tinha saído e eu não tinha como voltar para casa. O homem tirou um dinheiro do bolso e me deu. Naquela hora, sem estar com minha filha no colo, pude ler o seu nome no jaleco. Agradeci, mais uma vez e pequei um taxi com o dinheiro.
No dia seguinte, peguei dinheiro no banco e fui devolver ao estranho o que me emprestara e... surpresa, tive a informação da atendente que ali no pronto Socorro não trabalhava nenhum médico com o nome e características físicas do que me ajudou na noite anterior.

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