quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Confiança nas revelações.



Não devemos simplesmente confiar nas revelações que nos trazem os extáticos, mas, fazer uma correção naquilo que ouvimos em caráter de revelação. Se tudo na Terra está sujeito a erro, a razão nos diz para observarmos com critério o que vem ao nosso encontro. A nossa própria consciência tem a capacidade de discernimento bastante para selecionar o que podemos guardar do que ouvimos e lemos.
O extático pode enganar-se porque ele fica mais livre no transe, e a sua vontade prevalece em muitos aspectos. Por vezes ele quer revelar coisas que devem ficar em segredo e, assim, será escondida a verdade. Neste ínterim, os espíritos malfazejos entram no espaço criado pela vaidade e fazem revelações espetaculares, por não se importarem com as consequências que adirão de seus erros.
O médium deve conhecer a lei de Deus, orar, mas vigiar para não passar dos limites. A desmoralização de um extático vem pela vaidade, mostrando o que não deve aos que brincam com acontecimentos,  aos curiosos e especuladores dos segredos de Deus.
A parcimônia deve fazer parte da vida do sensitivo, que nuca deve desejar auto-valorizar-se. Tudo pertence a Deus e a Ele cabe mostrar o que deve ser revelado. lembremos que Jesus poderia falar muito mais do que disse sobre o futuro da Humanidade, mas reservou tempo para que o Homem pudesse descobrir pelas próprias experimentações e pelo estudo dos efeitos que o dia-a-dia dá testemunho.
A verdade é muito difícil de ser anunciada. Se bem podemos analisar, podemos observar que, a quantas pessoas vendo a verdade, lhes falta a capacidade de descrevê-la, e se perdem no emaranhado dos acontecimentos. Se ao apresentarmos os fatos verídicos sentimos dificuldade de contá-os, muito mais difícil é revelar os fatos por acontecer, vistos no mundo espiritual em estado de transe, uma coisa pode parecer outra.
Quantos profetas existem fazendo revelação por toda a parte?! Muitos e muitos, mas Jesus já advertiu sobre os falsos profetas. Ainda disse que é necessário o escândalo, afirmando adiante que ai daquele que escandalizar. Se tudo tem uma razão de ser, não devemos ficar ansiosos com os acontecimentos, mas analisar todos os fatos e tirar o melhor para a nossa paz. A confiança é uma ciência divina, porém, devemos aprender como devemos confiar. Os caminhos são diversos, entretanto, muitos deles abrigam armadilhas onde os lobos fazem esconderijos.
Não devemos nos ofender com as mentiras que possamos escutar; elas com o tempo, poderão se transformar em verdade, e debatendo contra elas podemos nos envolver nas suas ondas antes que elas mudem. Vejamos bem o carvão: é um falso diamante, o tempo lhe muda a estrutura e, no porvir poderá brilhar como tal.
O extático que não se vigia, pode ser levado por suas próprias ideias e misturar as belezas imortais com as escórias humanas. As faculdades são simples, porém, vibrantes, e na sua sensibilidade pode tomar o caráter humano e apresentar a cegueira. O "dai de graça, o que de graça recebeis", é o ponto firme para a nossa segurança espiritual. A persistência do bem é força valorosa, e a caridade nos garante as forças em todos os caminhos a percorrer. Se desejarmos saber o melhor, amemo-nos sempre, a tudo e a todos, com a mesma paz que jesus nos ensinou.
* Pelo Espírito Miramez.

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