terça-feira, 9 de outubro de 2012

O direito dos animais.

Para ler e refletir!





Exite um livro que eu gosto muito e sempre recorro a ele para leituras e releituras, o autor chama-se Ricardo J.A Lins e pode ser contactado pelo e- mail: rjalins@ yahoo.com.br. Ali consta um precioso parecer sobre o direito dos animais, nossos irmão menores e, por isto tão carentes de proteção!

"Encontrei na Wikipedia o conteúdo que pretendia introduzir neste livro e por esse motivo, não tendo nada a acrescentar ou retirar, mantive o texto na íntegra para sensibilizar os leituras quanto a este tema que é de extrema importância para nosso progresso como seres humanos e na defesa do nosso planeta. E além disto, existem reconstituições de debates e filósofos que constituem o foco deste livro.( O AUTOR).
A defesa dos direitos dos animais, da libertação animal ou simplesmente abolicionismo constitui um movimento que luta contra qualquer uso de animais não humanos que o transformem em propriedade de seres humanos, ou sej, meios para fins humanos. É um movimento social radical que não se contenta em regular o uso "humanitário" de animais, mas que procura incluií-los numa mesma comunidade moral que os humanos, fornecendo os interesses násicos aos animais, protegendo da dor, por exemplo  dando a mesma consideração que os interesses humanos. A reivindicação é de que os animais não sejam propriedade ou "recusros naturais" nem legalmente nem moralmente justificáveis, pelo contrário deveriam ser considerados pessoas. Os defensores dos direitos animais advogam o veganismo como forma de abolir a exploração anima de forma dieta no dia-a -dia. 
O debate sobre o direito animais no século XX pode ser traçado no passado, na história dos primeiros filósofos. No século VI aC. Pitágoras, filósofo e matemático, já falava sobre respeito animal, pois acreditava na transmigração de almas. Aristóteles, escreveu no século IV aC, argumentando que os animais estavam distantes dos humanos na Grande Corrente do Ser ou escala natural. Alegando irracionalidade, concluia assim sendo os animais não teriam interesse próprio, existindo apenas para interesse dos Seres Humanos. No século XVII o filósofo francês René Descartes argumenta que animais não têm alma, logo não pensam e nao sentem dor. Sedo assim os maus tratos não eram errados. Contra isto, Jean- Jacques Roussou argumenta, no prefácio do seu Discurso sobre a Desigualdade (1754), que o seres humanos são animais embora ninguém "exima-se" de intelecto e liberdade. Entretanto, como animais são seres sencientes" eles deveram também participar do direito natural e que o homem é responsável no cumprimento de alguns deveres deles, especificamente "um tem o direito de não ser desnecessariamente maltratado pelo outro."
Também Voltaire respondeu a Descartes no seu Dicionário Filosófico:" Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento e pocdem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com quietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra ter guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei o sentimento de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda a parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce sobe e vai de aposento em aposentoe enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta a sua alegria pela ternura dos ladridos com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te sua veias mesentéricas. Descobres nele todo os mesmos órgãos de sentimento de que te gabas. responde-me maquinista, teria a natureza entrosado neste animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? terá nervos para ser insensível? Não inquines a natureza tão impertinente contradição.
Um contemporâneo de Rousseau, o escritor escocês John Oswald, que morreu em 1793, no livro The Cry of Nature or an Appeal de Mercy e Justice on Behalf of the Pesecutd  Animals, argumenta que um Ser Humano é naturalmente equipado de sentimentos de misericórdia e compaixão. " Se cada Ser Humano tivesse que testemunhar a morte do animal que ele come", ele argumenta, "A dieta vegetariana seria bem mais popular." A divisão do trabalho no entanto, permite que o homem moderno coma carne sem passar pela experiência que Oswald chama de alerta para a sensibilidades naturais do Ser Humano, enquanto a brutalização do homem moderno faz dele um acomodado com essa falta de sensibilidade. Mais tarde, no século XVIII, um dos fundadores do utilitarismo moderno, o filósofo britânico Jeremy Bentham, argumenta que a dor do animal é tão real e moralmente relevante como a dor humano e que " talvez chegu um dia, o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos os quais jamais poderiam ter sido privados, a não ser pela mão da tirania." Bentham argumenta ainda que a capacidade de sofrer e não a capacidade de raciocínio, deve ser a medida para como nós tratamos outros seres. Se a habilidade da razão fosse critério muitos Seres Humanos incluindo bebês e pessoas especiais teriam também que serem tratados como coisas, escrevendo o famoso trecho: " A questão não é eles pensam? Ou eles falam? A questão é: Eles sofrem".
No século XIX, Arthur Schopenhauer argumenta que os animais tem a mesma essência que os humanos, a despeito da falta da razão. Embora considere o vegetarianismo como boa causa, não o considera moralmente necessário e assim posiciona-es contra a vivisseção, como uma expansão da consideração moral para os animais. Sua crítica à ética Kantiana é uma vasta e frequente polêmica contra a exclusão dos animais em seu sistema moral, que pode ser exemplificada pela famosa frase: " Amaldiçoada toda a moralidade que não veja uma unidade essencial em todos os olhos que enxergam o sol".

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