quarta-feira, 3 de outubro de 2012

POR QUE OS ESPÍRITAS NÃO TEMEM A MORTE.



A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vem descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de Além- túmulo. Eis aí porque os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra. Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despertar do Sol após uma noite de tempestade; Os motivos dessa confiança decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e bondade de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da Humanidade.
Para os espíritas, a alma não é uma abstração: ela tem um corpo etéreo que a define ao pensamento, o que muito é para fixar as ideias sobre a individualidade, as aptidões e percepções. a lembrança dos que nos são caros repousam sobre alguma coisa de real. Não se nos apresenta mais como chamas fugidias que nada falam ao pensamento, porém sobre uma forma concreta que que antes no-las mostra como seres viventes. Além disto, em vez de perdidos na profundeza dos espaços estão ao redor de nós; o mundo corporal e o Mundo espiritual identificam-se em perpétuas relações, assistindo-se mutuamente.
Não mais permissível sendo a dúvida sobre o futuro, desaparece o temor da morte, encara-se a sua aproximação a sangue- frio, como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do nada.
( Allan Kardec- "O Céu e o Inferno")

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