quarta-feira, 29 de setembro de 2010

linda lição:O santo desiludido

Este texto é uma linda lição que deverá ser assimilada por nosso espírito; após lê-la, pare um pouco e medite. garanta que o ensinamento infiltre em seu coração. Aprenda, viva mais plenamente o Amor ao próximo.

Inclinara-se a palestra, no lsr humilde de cafarnaum, para os assuntos alusivos à devoção, quando  o Mestre narrou  com  significativo tom de voz:
  _ Um venerado devoto retirou-se, em definitivo, para uma gruta isolada, em plena floresta, a pretexto de servir a Deus. Ali vivia, entre orações e pensamentos que julgava irrepreensíveis, e o povo, crendo tratar-se de um santo messias, passou a reverenciá-lo com intraduzível respeito. Se alguém pretendia efetuar qualquer negócio do mundo, dava-se pressa em buscar-lhe o parecer,0 Fascinado pela alheia consideração, o crente, estagnado na adoração sem trabalho supunha dever situar  toda a gente em seu modo de ser, com respeitável desculpa de conquistar o paraíso.
    Se um homem ativio e de boa fé lhe trazia á apreciação algum plano de serviço comercial, ponderava, escandalizado?
   _ È um erro. Apague a sede de lucro que lhe ferve nas veias. Isto é ambição criminaosa. Venha orar e esquecer a cobiça.
    Se esse ou aquele jovemlhe rogava opinião sobre o casamento, clamava, aflito:
 _ È disparate. A carne está submetendo o seu espírito. Isso é luxúria. Venha orar e consumir o pecado.
   Quando um outro companheiro lhe implorava conselho acerca de algum elevado encargo, na administração pública, exclamava, compungido:
 _  É um  desastre, afaste-se da paixão pelo poder. Isso é vaidade e orgulho. venha orar e vencer os maus pensamentos.
    Surgindo pessoas de bons propósitos, reclamando-lhe a opinião quanto alguma festa de fraternidade em projeto, objetava, irritadiço:
   _È uma calamidade. O júbilo do povo é desregramento. Fuja à desordem. Venha orar, subtraindo-se à tentação.
    E assim, cada consulente, em vista da imensa autoridade que o santo desfrutava, se entristecia de maneira irremediável e passava a apartilhar-lhe os ócios na soledade, em absoluta  paralisia da alma.
    O tempo, todavia, que tudo transforma, trouxe ao preguiçoso adorador a morte do corpo físico.
    Todos os seguidores dele  o julgavam arrebatado ao céu e ele mesmo acareditou que, do sepulcro seguiria direto ao paraíso. Com inexedível assmbro, porém, foi conduzido por forças das trevas a terrível purgatório de assassinos. Em pranto desesperado, indagou, à vista de  semelhante e inesperada aflição, dos motivos que lhe haviamsitiado o espírito em tão inesperado e pavoroso torvelinho, sendo esclarecido que, se não fora homicida vulgar naTerra, era ali identificado como matador da coragem e da esperança em centenas de irmãos  em humanidade.
   Silenciou Jesus, mas João, muito admirado considerou:
  _  Mestre, jamais poderia supor que a devoção excessiva conduzisse alguém a infortúnio tão grande!
  O Cristo, porém, respondeu, impertubável:
   _ Plantamos a crença e a confiança entre os homens, entendendo, entretanto, que cada criatura tem o caminho que lhe é próprio. A fé sem obras é uma lâmpada apagada. Nunca nosesqueçamos que o ato de desanimar os outros, nas santas aventuras do bem,é um dos maiores pecados diante do Poderoso e Compassivo Senhor.
Do livro: " Jesus no Lar, Francisco Cândido Xavir, Espírito Neio Lúcio. p.55

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