segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Religiões.: o que é na verdade?

Com acertos e desacertos, as religiões  caminham para fins certos.

Uma prova incontestável de que nenhuma Igreja é infalível.


As histórias das religiões estão cheias de assembleias, sínodos e concílios para correções e reformas doutrinárias. A igreja, e seus concílios ecumênicos, é um exemplo dessas correções no decorrer dos séculos, as quais nos demonstram, é óbvio que, anteriormente, haviam erros doutrinários em seus ensinos.
Foi, por um lado, erro que a Igreja ter-se aliado ao poder civil, no tempo de Constantino e Teodósio, mas, por outro lado, foi bom, pois ela se fortaleceu, e o cristianismo firmou-se como o monoteísmo sobre o politeísmo do Império Romano. As cruzadas foram ouro grande erro da Igreja, mas,com elas, o cristianismo se expandiu mais no Oriente Médio. E, lembrando que os protestantes tiveram sua Inquisição, ela certamente, ela foi o maior erro e mais grave pecado da Igreja. Como disse João paulo II por mais que se queira empurrar a Inquisição para debaixo do tapete, ela é uma página negra na História da Igreja.Mas ela se tornou também uma prova incontestável de que nenhuma Igreja é infalível, o que nos leva às seguintes perguntas. Será que todas as doutrinas dogmáticas estão realmente corretas, apesar de tanto os dogmatistas dizerem que os dogmas são intocáveis? Seriam intocáveis por sustentarem doutrinas realmente corretas, ou, simplesmente por sustentarem uma atitude orgulhosa de autoridades religiosas, que querem ser consideradas infalíveis? O tempo futuro nos dirá a verdade!
Fossem certas doutrinas dogmáticas responsáveis por um número maior de vítimas de torturas  das fogueiras inquisitoriais dentro de um período mais curto, o que seria mais traumático, e tais doutrinas, que custaram tantas vidas, não vingariam na Igreja. Mas aqui temos também um grande exemplo de que nenhuma religião pode dizer que foi inspirada por Deus, para sustentar a validade de suas doutrinas. E isto nos traz á baila um princípio da doutrina espírita, ou seja, a fé tem que ser raciocinada, e que Kardec sintetizou nesta frase: " " A fé só é inabalável, se ela puder enfrentar a razão, face a face, em qualquer época".
Nada de eu querer dizer que o fim justifica os meios, mas da História sempre podemos tirar exemplo do que é certo e do que é errado. Como se diz, o tempo é o maior mestre. E, apesar de todas as religiões estarem manchadas por seus erros, com o tempo, elas vão se libertando desses erros. Ademais, elas têm sempre o seu lado positivo, qual seja o de servir de uma espécie de freio para segurar o nosso carro que, infelizmente, somos sempre tentados a acelerá-lo pelos caminhos da porta larga das imperfeições.
E, assim, com seus acertos e desacertos inacreditáveis, todas as religiões estão caminhando para o bom termo, colaborando com todos nós, espíritos reencarnados, quem por ser infinita a misericórdia divina, teremos novas chances de voltarmos a este mundo para repararmos o nossos erros e continuarmos a nossa evolução em busca da perfeição semelhante à de Deus!
Texto de José Reis Chaves- Teósofo e biblista
jreischaves@gmail.com

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