sábado, 30 de maio de 2015

COMPORTAMENTO MATERIALISTA.

 
 
 

 
Toda e qualquer criatura humana, por menos dotada seja de inteligência, sabedoria, cultura vive em função de algo ou de alguém, não sendo possível conceber essa mesma criatura sem algumas metas que possam justificar o seu esforço, o seu trabalho, a sua luta.
Assim, todos nós possuímos uma determinada escala de valores através do qual elegemos o que consideramos essencial ou secundário.
A formação dessa escala de valores dependerá da ótica em que se coloca a criatura humana, Dependendo do ponto de vista que adote, terá ela, este ou aquele interesse, esta ou aquela motivação para viver.
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Como consequência desse estado evolutivo, encontramos no mundo uma cultura materialista, que prima pela massificação, levando a criatura a ficar com sua identidade desnaturada.
Massificada e com a identidade desnaturada, viverá assim o homem: sem objetivos nobres aferrado a metas imediatas;  preocupado com as necessidades comuns; acomodado aos padrões absorventes do cotidiano; sem encontrar solução para os estados conflitivos da personalidade, tornando-se um homem-vazio sem viver as emoções dão beleza e significado à dignidade de seu ser consciente; agrupar-se-á com outros que sofrem da mesma enfermidade; comprazer-se-á conversações banais e promiscuas...
O homem vazio não consegue amar, porque não aprendeu a viver essa faculdade, base do comportamento do homem livre. Adaptou-se a ser amado ou disputado, sem preocupação de retribuir.
Os homens vazios disputam homenagens e guerreiam-se entre sorrisos, no desfile do luxo e do exibicionismo,  nos quais escondem os conflitos, quando assim o fazem, e as profundas necessidades afetivas.
Tal conduta leva-os à melancolia e à depressão, ou a lamentáveis estados de irritabilidade, de mau humor que os tornam rudes, insuportáveis na intimidade, embora considerados sociáveis e educados.
Essa ambiguidade no comportamento culmina com a instalação de neuroses que se agravam, desestruturando-os a médio prazo.
O homem acumula vácuo, porque se sente impotente para alcançar plenitude.
Acostumando-se á competição nos negócios, nos relacionamentos espera ser o primeiro, o mais considerado. Se o logra, esvazia-se de imediato. Se não o consegue,, frustra-se, perdendo-se da mesma forma.
 Do livro: Depressão- causa- consequência-tratamento, de Isaías Claro. 

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